Uma pagina do destino.
O meu pai sempre me dizia
Filho esse mundo é muito pequeno
E as vezes uma meiga poesia
Pode conter perfume ou veneno.
Então eu imaturo pensava
Que isso era uma grande ironia
E juro que eu não imaginava
Quanta verdade isso seria.
De ser um poeta DEUS me deu o dom
E a poesia me levou muito distante
Gritando ao meu coração alto som
Poeta jamais em tua vida seja arrogante.
Cada segundo da minha vida
Eu vivi como um aprendizado
E sei que toda estrada florida
Tem um espinho bem aguçado.
Eu nunca quiz escrever ficção
A verdade sempre foi o meu forte
Só falta a esse sabio coração
Fazer um dueto com a morte.
E na sorte eu nunca acreditei
Prefiro confiar numa petala pequena
Por tantos caminhos que eu andei
Vi coisas que até a alma envenena.
Deus tenha misericórdia dos homens
Alguem disse isso com segurança
A vida tem labirintos que consomem
E se for fraco,corroem a fé e a esperança.
Esse meu coração simples,sem escudo
Sorrindo e com as mãos a palmatória
Mãos simples mas com carinho profundo
Com a intenção de escrever dedicatória.
Creio que um milhão de poesias e rimas
A essa altura não consiguirei escrever
Só sei que a vida deve ser avante e acima
E que dela eu muito pouco agora vou querer.
A minha caneta de prata
Ganhou uma nódoa de luto
Desliza chorando na pauta
Com ela e o coração não discuto.
É mais uma curva do caminho tortuoso
Ou será mais uma pagina do destino?
Um epílogo Que conduz carinhoso
O silencio desse poeta menino.