Uma pagina do destino.

O meu pai sempre me dizia

Filho esse mundo é muito pequeno

E as vezes uma meiga poesia

Pode conter perfume ou veneno.

Então eu imaturo pensava

Que isso era uma grande ironia

E juro que eu não imaginava

Quanta verdade isso seria.

De ser um poeta DEUS me deu o dom

E a poesia me levou muito distante

Gritando ao meu coração alto som

Poeta jamais em tua vida seja arrogante.

Cada segundo da minha vida

Eu vivi como um aprendizado

E sei que toda estrada florida

Tem um espinho bem aguçado.

Eu nunca quiz escrever ficção

A verdade sempre foi o meu forte

Só falta a esse sabio coração

Fazer um dueto com a morte.

E na sorte eu nunca acreditei

Prefiro confiar numa petala pequena

Por tantos caminhos que eu andei

Vi coisas que até a alma envenena.

Deus tenha misericórdia dos homens

Alguem disse isso com segurança

A vida tem labirintos que consomem

E se for fraco,corroem a fé e a esperança.

Esse meu coração simples,sem escudo

Sorrindo e com as mãos a palmatória

Mãos simples mas com carinho profundo

Com a intenção de escrever dedicatória.

Creio que um milhão de poesias e rimas

A essa altura não consiguirei escrever

Só sei que a vida deve ser avante e acima

E que dela eu muito pouco agora vou querer.

A minha caneta de prata

Ganhou uma nódoa de luto

Desliza chorando na pauta

Com ela e o coração não discuto.

É mais uma curva do caminho tortuoso

Ou será mais uma pagina do destino?

Um epílogo Que conduz carinhoso

O silencio desse poeta menino.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 20/06/2009
Código do texto: T1657895
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