"Medo"
(Luiz Henrique)
Não me diga como
Nem me pergunte por que
Como pode se nem te tenho
Esse medo de te perder
Embora esteja distante
Faz-se sempre presente
Permeia meu pensamento
Fez morada permanente
Nem é paz, nem tormento
Saudade a um só tempo: doce e dilacerante
E um desejo que consome vorazmente
Há insegurança? De certo
E resulta do fato de não estarmos perto
Todo apaixonado é um pouco imaturo
E por vezes se comporta como criança
Talvez pela distância, de tudo tenho medo
Mas nem imagine que haja desconfiança
Há ciúme? Um pouco
Mas nada que me deixe louco
Mesmo existindo
É discreto, sutil e reprimido
Decorre do medo
De perdê-la, sem sequer tê-la tido
Não me diga como
Nem me pergunte por que
Como pode se nem te tenho
Esse medo de te perder ...
- poesia com registro de autoria
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