SONHOS DESFEITOS

Enquanto,

Defronte à lareira,

Acendes a fogueira

Da tua falsa paixão;

Enquanto cospes labaredas

Pelas chaminés acesas

De teu tétrico orgulho;

Eu, aqui, atado às amarras

Do frio e da solidão,

Deixo que meu gélido coração

Desfolhe-se em pétalas de saudades.

E as lágrimas,

Por você enxugadas

Em meu rosto,

Revelam o desgosto,

De não terem

Rolado ao chão!

Livros e textos do autor:

www.nivaldomossato.com.br

contato@nivaldomossato.com.br