"Lembranças de Berenice"

Choram teus seios, choram o anceio

De sentir aquelas mãos a acariciarte

Pois sabem que é tarde,

És tardio, bem vindo, mas não veio.

Mesmo sem tocar teus lábios

Ainda molhados, vermelhos, puros

Relembrando momentos sábios

Bancos de praça, becos, muros.

Ah! Como eras Berenice...

Sorriso carente estampado em crepom,

A pintura mais bela como luva caiste

Luva perdida, guardada sofrida, perpétua vendida, atrás de um balcão.

Ah! Como eras Berenice...

Fábio de Miranda
Enviado por Fábio de Miranda em 12/06/2009
Reeditado em 08/09/2010
Código do texto: T1644651
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