"Lembranças de Berenice"
Choram teus seios, choram o anceio
De sentir aquelas mãos a acariciarte
Pois sabem que é tarde,
És tardio, bem vindo, mas não veio.
Mesmo sem tocar teus lábios
Ainda molhados, vermelhos, puros
Relembrando momentos sábios
Bancos de praça, becos, muros.
Ah! Como eras Berenice...
Sorriso carente estampado em crepom,
A pintura mais bela como luva caiste
Luva perdida, guardada sofrida, perpétua vendida, atrás de um balcão.
Ah! Como eras Berenice...