ORVALHO
NALDOVELHO
Por quem teriam sido
choradas as lágrimas
que ao orvalhar tuas pétalas
a noite nos testemunha agora?
Teriam sido choradas por ti,
por mim, por nos dois?
Ou teriam sido por nossa história?
Estranho sentimento
que ao mesmo tempo
nos alimenta e devora.
Queria saber do teu perfume,
do viço exuberante dos teus olhos.
Será que eles se fariam tão contundentes
sem o sereno da noite?
Será que as lágrimas teriam sido necessárias?
Será que o manchar com sangue,
a evidenciar os cortes
por tanto e quanto amor ferido,
não teria sido como o lapidar constante,
para fazer-nos mais fortes?
Quisera saber as respostas,
quisera poder revelar tais mistérios
e fazer com que o amor não tivesse
que se submeter ao segredo.
Quisera que a nossa história
tivesse outro enredo;
um com princípio, meio,
mas não tivesse um fim.
NALDOVELHO
Por quem teriam sido
choradas as lágrimas
que ao orvalhar tuas pétalas
a noite nos testemunha agora?
Teriam sido choradas por ti,
por mim, por nos dois?
Ou teriam sido por nossa história?
Estranho sentimento
que ao mesmo tempo
nos alimenta e devora.
Queria saber do teu perfume,
do viço exuberante dos teus olhos.
Será que eles se fariam tão contundentes
sem o sereno da noite?
Será que as lágrimas teriam sido necessárias?
Será que o manchar com sangue,
a evidenciar os cortes
por tanto e quanto amor ferido,
não teria sido como o lapidar constante,
para fazer-nos mais fortes?
Quisera saber as respostas,
quisera poder revelar tais mistérios
e fazer com que o amor não tivesse
que se submeter ao segredo.
Quisera que a nossa história
tivesse outro enredo;
um com princípio, meio,
mas não tivesse um fim.