DÁ-ME TUA MÃO...
Dá-me tua mão...
Pois as minhas se definham.
Não há nelas o calor, nem a força que havia.
Dá-me tua mão...
Deixa-me sentir o toque e o teu carinho;
E lembrar-me que, quando criança,
Em meu colo, protegida, tu contavas os meus dedos.
Dá-me tua mão,
E segura bem a minha
Como eu segurava a tua, quando ainda pequenina...
Dá-me tua mão...
Apenas mais um momento,
E quando eu suspirar enfim...
Dá-me tua mão!
Nunca mais hei de pedir...
E então fecha os meus olhos...
E saberás, em teu coração, que por fim adormeci
Antes... do amanhecer.
Moses Adam
F.Vasconcelos, 07.6.2009 – 19h35
[Um pedido silencioso do pai às suas filhas]