QUE CALOR

No sol causticante desse agreste
que deixa me delirando de calor,
encontro paz na sombra desse cipleste
mas ele não retira, a caloria do amor.

Do meu corpo só retira, nada investe
nunca procura ajudar esse sonhador,
a lembrança que deixei lá no sudeste
torna esse sol muito mais abrasador.

Aqui não proteje a roupa que se veste
e minha alma precisa de um cobertor,
pois com esse sol sobre o azul celeste
só aumenta minha saudade e minha dor.

Mesmo que um pingo de esperança reste
enfrento esse sol, e serei o vencedor,
sofrer por amar alguém, nunca foi peste
e sofrimento que inspira um trovador.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 01/06/2009
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