Fruto da saudade

Ó saudade que me mata lentamente

Piedade peço eu, mísero ser.

Responda, sábia dona, quero saber

Onde é que está a dona de minha mente.

Para mim, o sol há muito já não brilha.

- É escura mágoa viver longe dela -

Como quem se acostuma à vida bela

É triste ao ter de viver só, numa ilha.

E eu peço a quem tiver de mim compaixão

Que procure a minha metade perdida.

Pois só quando eu vencer a solidão

Só quando, então, ela se der por vencida,

É que tranqüilo respirar vou poder

E sempre com minha amada irei viver.