CACOS DE VIDRO
NALDOVELHO
Esta saudade tão forte, esta casa ainda é tua,
e se queres saber, continua do mesmo jeito,
e até os meus defeitos, não consegui consertar.
É importante que saibas que continuo perdido,
ainda não sei de muitas coisas
e não consegui me libertar.
E os cacos de vidro espetados pelo corpo,
e a poeira insistente entranhada em meus poros,
e os livros guardados, esquecidos na estante,
e as janelas fechadas, e a luz do quarto apagada,
e eu já nem sei o meu nome e não sei onde estás.
Continuo a escutar o som da tua voz,
chego a perceber teus passos...
Continuo a sonhar com as tuas mãos:
preparando o jantar, retirando os cacos
espetados em meu corpo,
e continuo aqui sozinho, e choro!
É a saudade que dói e eu não sei como evitar.
NALDOVELHO
Esta saudade tão forte, esta casa ainda é tua,
e se queres saber, continua do mesmo jeito,
e até os meus defeitos, não consegui consertar.
É importante que saibas que continuo perdido,
ainda não sei de muitas coisas
e não consegui me libertar.
E os cacos de vidro espetados pelo corpo,
e a poeira insistente entranhada em meus poros,
e os livros guardados, esquecidos na estante,
e as janelas fechadas, e a luz do quarto apagada,
e eu já nem sei o meu nome e não sei onde estás.
Continuo a escutar o som da tua voz,
chego a perceber teus passos...
Continuo a sonhar com as tuas mãos:
preparando o jantar, retirando os cacos
espetados em meu corpo,
e continuo aqui sozinho, e choro!
É a saudade que dói e eu não sei como evitar.