AO CAIR DA TARDE
Ao cair desta tarde por demais silenciosas
Úmida, sem calor e tão hesitante
A chuva em gotas cai tão chorosa
Lembrando com saudade de seu amante.
E quando anoitece a lua não aparece
Pois o céu de tristeza fica nublado
O trovão de todo se emudece
Não querendo relembrar o passado.
O crepúsculo cai como se fosse um leito
De um rio que corre manso para o mar
Deixando sulcos na terra como se fosse feito
Marcas de um caminho para de novo retornar.
E assim no transcorrer desta tarde
Entre um lamento do vento que ecoa
Um sol que desapareceu sem alarde
E as nuvens que no céu passando voa.