Algo que não posso tocar

Hoje eu acordei pensando porque vivo de lembranças se eu posso te procurar,

Ninguém vive de passado e o presente é bem vindo se eu puder te encontrar.

Nós dividimos a noite porque eu te quero bem e tu não negas favor;

Escuto no meu silêncio os teus olhos me pedindo pra não falarmos de amor .

Não direi uma palavra, não direi mentira alguma, se teu coração me aceita

Mas deixa o meu sorriso brincar com o teu, como criança faceira.

Eu te procuro pelos cantos, tentando resgatar nossos momentos

Quando lembro, me encanto, quando não, eu os invento.

Pensei em negar-te esse sentimento, medo talvez, não-correspondência

Mas entre o silêncio e o grito prefiro, se possível, roubar tua paciência.

Teu controle, tua sobriedade que como uma máscara esconde você

Queria encontrar uma maneira de tirá-la, te fazer enlouquecer

Se mostrar por inteiro, com suas marcas, com seus sonhos, com seu medo

Juro que seria sua, toda entregue e entre nós mais um segredo.

Te espero como dizia uma velha canção, esperei o dia amanhecer

Os engenheiros já diziam, como quem aquece a água sem deixar ferver.

Perdoa esses meus versos que eu fiz na escuridão, perdoa se tiver perdão

Estão sem rima, estão trocados, envelheceram demais por falta de inspiração.

Denisia de Oliveira
Enviado por Denisia de Oliveira em 28/05/2009
Código do texto: T1618957
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