MANHÃ NUBLADA
NALDOVELHO
Manhã nublada, o mês é setembro,
nem sei se me lembro dos muitos invernos
passados distantes dos meus sentimentos.
Só sei que ainda choro e são lágrimas tolas,
choradas à toa e eu sei por saudade.
Já não tenho mais idade de ficar andando em círculos,
talvez por isto, tantos poemas: o mesmo tema de sempre...
Melhor deixar de bobagem,
você seguiu viagem, já faz um bom tempo,
nunca mais deu notícias e nem voltou por aqui.
Às vezes eu penso que possa existir um alento,
às vezes ainda sonho que estou ao seu lado
e sinto o seu cheiro na ponta dos dedos,
e uma música estranha invade o meu quarto.
Parece um fado, arrastado e tristonho.
Talvez em Lisboa se saiba o seu rumo,
se você tomou prumo ou se continua pé de vento,
que varreu pra bem longe a tal da felicidade
e deixou um vazio, lá dentro de mim.
NALDOVELHO
Manhã nublada, o mês é setembro,
nem sei se me lembro dos muitos invernos
passados distantes dos meus sentimentos.
Só sei que ainda choro e são lágrimas tolas,
choradas à toa e eu sei por saudade.
Já não tenho mais idade de ficar andando em círculos,
talvez por isto, tantos poemas: o mesmo tema de sempre...
Melhor deixar de bobagem,
você seguiu viagem, já faz um bom tempo,
nunca mais deu notícias e nem voltou por aqui.
Às vezes eu penso que possa existir um alento,
às vezes ainda sonho que estou ao seu lado
e sinto o seu cheiro na ponta dos dedos,
e uma música estranha invade o meu quarto.
Parece um fado, arrastado e tristonho.
Talvez em Lisboa se saiba o seu rumo,
se você tomou prumo ou se continua pé de vento,
que varreu pra bem longe a tal da felicidade
e deixou um vazio, lá dentro de mim.