O PERCURSO DE UMA SAUDADE





É noite...

E a saudade substitui a brisa

Que cai mansamente



(Saudade que mata o meu

Coração suavemente)



O meu pensamento debruçado

Na janela

O meu olhar nítido

Fixado numa longa espera



Olho para a direita

Olho para a esquerda

E tudo me desespera

Sinto-me uma árvore

Desfolhada

Uma flor despetalada




Sento aqui

E escrevo versos,

Versos que vagam na minha mente

Versos solitários e inconsequentes


É assim

Escrevo, escrevo...

Todos os meus sentimentos

No branco papel



E perto de mim somente

Uma cadeira vazia, o abajur

O meu chapéu



Desponta a lua faceira

Que cobre imensamente todo o céu!

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 25/05/2009
Código do texto: T1613524
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