Temporais

Quando teu rosto

Vem à memória,

Os frágeis pedaços

De nossa história

Rasgam no peito

Dor intensa:

Saudade, tristeza densa

Que não termina jamais,

De meus olhos

Rolam temporais.

Quando tua voz

Brame no ouvido,

Os breves momentos

De amor vividos

Rompem o vento

Do tempo:

Embalam o pensamento,

Barco sempre preso ao cais,

De meus olhos

Rolam temporais.

N’alma a brisa assovia

Melancólica melodia,

Um eco responde cá dentro:

Nunca mais, nunca mais.

Shirley Carreira
Enviado por Shirley Carreira em 24/05/2009
Código do texto: T1611782
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