Temporais
Quando teu rosto
Vem à memória,
Os frágeis pedaços
De nossa história
Rasgam no peito
Dor intensa:
Saudade, tristeza densa
Que não termina jamais,
De meus olhos
Rolam temporais.
Quando tua voz
Brame no ouvido,
Os breves momentos
De amor vividos
Rompem o vento
Do tempo:
Embalam o pensamento,
Barco sempre preso ao cais,
De meus olhos
Rolam temporais.
N’alma a brisa assovia
Melancólica melodia,
Um eco responde cá dentro:
Nunca mais, nunca mais.