Saudades

Saudades

Quantas saudades eu tenho!

Do tempo que longe vai,

da casa cheia de sonhos

da vivência com meu pai.

Às vezes fico pensando...

Quantos sonhos lá ficaram!

Daqueles bosques tão lindos

meus pensamentos voaram.

Andaram longas estradas

vagaram por este país,

coloquei o sonho em prática

fui independente e feliz.

Hoje perdida no tempo

que no passado ficou,

só trago muita saudade

da lembrança que restou.

Das lindas flores que havia

naquelas plantas selvagens:

Brancas, lilás, amarelas,

em meio às verdes folhagens.

.

Longe a perder de vista

vislumbrava o coqueiral.

Aquela planta nativa

nascia desde o quintal.

O sabiá logo à tardinha

no seu dobrado saudoso

enchia-me de alegria.

Ai, que tempo venturoso!

Entre a mata e o mar do Anil

não vejo mais as palmeiras,

moro agora em outro extremo

destas terras brasileiras.

Benedita Azevedo

Magé-RJ, 01/05/06

Benedita Azevedo
Enviado por Benedita Azevedo em 22/05/2006
Reeditado em 22/03/2009
Código do texto: T161036