Fora do Ar
Assobia a passarinha
No vôo canto de viagem
O tempo é azul borboleta
Na Floresta da Tijuca.
O local é refresco de energias
Entre as montanhas e águas.
O Rio de Janeiro é o companheiro
E ao mar expõe seus poemas,
Declamados no horizonte sem fim.
Onde marolinha é o desapego a Ipanema
Que brinca nas areias do Mar Morto.
Sinto a profunda solidão da Vista Chinesa.
O desterro entre favelas, são Dois Irmãos.
E moços, rezam no Corcovado.
Aos cumes, os acalentos de noites mal dormidas.
Os sonhos transportados em Bondinhos,
No Pão de Açúcar, balançam sobre o mar.
Nas balsas os chorinhos da Baía de Guanabara
Navegantes vão ao encontro da Moreninha
Tristonha, a espera do Augusto.
No tempo do acolhimento a poetas, vivo fora do ar.