No âmago de minhas saudades...
Quisera estender a tríade de minha alma,
Despir-me dos desejos e ausências...
Dos meus momentos de fúria
Que traz as dores deste descontentamento
Mas como posso se a mesma nasce
Em todos os instantes dos meus instantes
No âmago de minhas saudades
Perdidas no meu oceano
Ao pulsar incandescente
Surge este vulcão
Que vive dentro do meu peito
Inquietante, versejando nas linhas do poema
Refletindo na fúria expressiva
Toda desavenças de minha natureza
Em procura inútil,
Perdido no olhar rasgado
Das vestes desta alma tempestiva
No cálice da vida sou sangue...
Na proporção de minhas palavras
Sendo o que sobrou
Impregnada em sentimentos
Aonde a poesia inspirou...
Embriago no ópio dos devaneios
No meu peito pulsa todos os gritos
Implorando, o seu tudo
No sangrar dos pensamentos
Vivendo entre o silêncio
De toda lembrança
Restando o que não teve fim
Aplacado nas letras as dores desta sina
Viajante que sou
Neste extenso universo
No furor de minha tempestade
Acendo o fogo de minha memória
Redescubrindo no berço transitório
A liberdade no despertar de esperanças
Sem limites, sem escalas e atos
Vividos a cada instante, dentro de cada história
a nossa história.