No âmago de minhas saudades...

Quisera estender a tríade de minha alma,

Despir-me dos desejos e ausências...

Dos meus momentos de fúria

Que traz as dores deste descontentamento

Mas como posso se a mesma nasce

Em todos os instantes dos meus instantes

No âmago de minhas saudades

Perdidas no meu oceano

Ao pulsar incandescente

Surge este vulcão

Que vive dentro do meu peito

Inquietante, versejando nas linhas do poema

Refletindo na fúria expressiva

Toda desavenças de minha natureza

Em procura inútil,

Perdido no olhar rasgado

Das vestes desta alma tempestiva

No cálice da vida sou sangue...

Na proporção de minhas palavras

Sendo o que sobrou

Impregnada em sentimentos

Aonde a poesia inspirou...

Embriago no ópio dos devaneios

No meu peito pulsa todos os gritos

Implorando, o seu tudo

No sangrar dos pensamentos

Vivendo entre o silêncio

De toda lembrança

Restando o que não teve fim

Aplacado nas letras as dores desta sina

Viajante que sou

Neste extenso universo

No furor de minha tempestade

Acendo o fogo de minha memória

Redescubrindo no berço transitório

A liberdade no despertar de esperanças

Sem limites, sem escalas e atos

Vividos a cada instante, dentro de cada história

a nossa história.

Di Angels
Enviado por Di Angels em 23/05/2009
Reeditado em 06/07/2009
Código do texto: T1610207
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