TEMPO DE CRIANÇA
Lembranças dos tempos idos
De tudo o que já passou
Daqueles dias bem vividos
Que minha memória guardou
O tempo finge não passar
Pra manter viva a lembrança
E vê a saudade transpassar
Querendo também ser criança
Naquele tempo de criança
Ao notar que iria chover
Pra mim era uma festança
Que estava pra acontecer
De pé, frente a uma janela
Lá, eu ficava observando
Cair chuva numa gamela
E as formiguinhas voando
Certa vez assim eu estava
Olhando uma enxurrada
Notei que ali algo rolava
Numa pressa moderada
Logo vi que minha bola
Na água estava boiando
E gritei bem alto: beiçola!
O que tu estás levando?
Fui olhar minha oficina
Que antes a tinha feito
Vi que estava em ruína
E eu sem poder dar jeito
As águas tinham levado
Tudo o que nela estava
Eu fiquei muito irritado
E aos prantos protestava:
Chuva, fostes mui ingrata,
Ao fazer isso comigo...
Tomara que Deus te bata
Ou então te dê castigo
Tu levastes o que havia
Na minha frágil oficina
Mas eu jamais pensaria
Ter isso como uma sina
Portanto, vou te implorar
Não me faças sofrer mais
Jamais me faças chorar
Não sejas cruel demais
Bons amigos, sempre seremos
Sem um “adeus” de despedida
E bem tranquilos seguiremos
Cada um com a propria lida
Lembranças dos tempos idos
De tudo o que já passou
Daqueles dias bem vividos
Que minha memória guardou
O tempo finge não passar
Pra manter viva a lembrança
E vê a saudade transpassar
Querendo também ser criança
Naquele tempo de criança
Ao notar que iria chover
Pra mim era uma festança
Que estava pra acontecer
De pé, frente a uma janela
Lá, eu ficava observando
Cair chuva numa gamela
E as formiguinhas voando
Certa vez assim eu estava
Olhando uma enxurrada
Notei que ali algo rolava
Numa pressa moderada
Logo vi que minha bola
Na água estava boiando
E gritei bem alto: beiçola!
O que tu estás levando?
Fui olhar minha oficina
Que antes a tinha feito
Vi que estava em ruína
E eu sem poder dar jeito
As águas tinham levado
Tudo o que nela estava
Eu fiquei muito irritado
E aos prantos protestava:
Chuva, fostes mui ingrata,
Ao fazer isso comigo...
Tomara que Deus te bata
Ou então te dê castigo
Tu levastes o que havia
Na minha frágil oficina
Mas eu jamais pensaria
Ter isso como uma sina
Portanto, vou te implorar
Não me faças sofrer mais
Jamais me faças chorar
Não sejas cruel demais
Bons amigos, sempre seremos
Sem um “adeus” de despedida
E bem tranquilos seguiremos
Cada um com a propria lida