Onde estará o amor?
Encontrei-o sozinho,
caminhando sem rumo.
Seus olhos apagados,
sua boca descorada.
Não me enganei
que estava diferente.
Senti uma distância
muito grande entre nós.
Suas mãos?
Nem consegui tocá-las,
sequer aproximou-se.
Era de costume um beijo,
um afago, um caloroso abraço.
Hoje, nem um olhar,
apenas o embaraço.
Que tristeza senti.
O chão escapou-me sob os pés.
Deixei uma lágrima rolar,
e percebi que era um adeus.
Um adeus turvo...
Um adeus de saudade.
Vou procurá-lo amanhã.
Será outro dia,
quem sabe o sol me devolverá
o brilho que me roubou hoje,
Quem sabe sobrará
o chão que pisamos,
ou as cinzas
do que deixamos morrer!