Onde estará o amor?

Encontrei-o sozinho,

caminhando sem rumo.

Seus olhos apagados,

sua boca descorada.

Não me enganei

que estava diferente.

Senti uma distância

muito grande entre nós.

Suas mãos?

Nem consegui tocá-las,

sequer aproximou-se.

Era de costume um beijo,

um afago, um caloroso abraço.

Hoje, nem um olhar,

apenas o embaraço.

Que tristeza senti.

O chão escapou-me sob os pés.

Deixei uma lágrima rolar,

e percebi que era um adeus.

Um adeus turvo...

Um adeus de saudade.

Vou procurá-lo amanhã.

Será outro dia,

quem sabe o sol me devolverá

o brilho que me roubou hoje,

Quem sabe sobrará

o chão que pisamos,

ou as cinzas

do que deixamos morrer!

SILVIA TREVISANI
Enviado por SILVIA TREVISANI em 15/05/2009
Reeditado em 20/05/2009
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