SAUDADE DE AURORA
O meu ser trava uma batalha
e nunca consigo uma melhora,
por esse mal que não se espalha
que ao invés de sarar piora.
E minha mente tanto trabalha
mas o coração não ve e ignora,
tentando vencer essa muralha
a imensa saudade de Aurora.
Minha mente quase embaralha
quando me lembro da senhora,
e como o corte de uma navalha
maldita dor que sinto agora.
As vezes sinto me um canalha,
por te la deixado ir embora,
hoje sinto a dor da mortalha
sentindo saudades de outrora.
O que todo momento metralha
e tristeza que comigo mora,
não tem como tapar com toalha
meu corpo de sentimento chora.
E como o artesão que entalha
o que essa lembrança me explora,
solitário como o voar da gralha
mesmo que pagasse não há penhora.
Carrego no ombro essa cangalha
que tem a mesma dor da catapora,
e como o corroer de uma limalha
e como a ferida de uma espora.
Queria que escorresse pela calha
que fosse tão doce como uma amora,
que fosse macia como uma malha
toda essa saudade de Aurora.
O meu ser trava uma batalha
e nunca consigo uma melhora,
por esse mal que não se espalha
que ao invés de sarar piora.
E minha mente tanto trabalha
mas o coração não ve e ignora,
tentando vencer essa muralha
a imensa saudade de Aurora.
Minha mente quase embaralha
quando me lembro da senhora,
e como o corte de uma navalha
maldita dor que sinto agora.
As vezes sinto me um canalha,
por te la deixado ir embora,
hoje sinto a dor da mortalha
sentindo saudades de outrora.
O que todo momento metralha
e tristeza que comigo mora,
não tem como tapar com toalha
meu corpo de sentimento chora.
E como o artesão que entalha
o que essa lembrança me explora,
solitário como o voar da gralha
mesmo que pagasse não há penhora.
Carrego no ombro essa cangalha
que tem a mesma dor da catapora,
e como o corroer de uma limalha
e como a ferida de uma espora.
Queria que escorresse pela calha
que fosse tão doce como uma amora,
que fosse macia como uma malha
toda essa saudade de Aurora.