AO POR DO SOL

 

 

Ao por do sol me invade uma tristeza

Que com sua meia-luz crepuscular

Vejo nisso tamanha e doce beleza

Que até me dá vontade de sonhar.

 

Descendo pelo morro e monte

Estas sombras que vagam em derivas

Vejo bem distante lá no horizonte

Luzes que piscam como almas vivas.

 

Estando tudo pronto para adormecer

As arvores nas matas sente a serenidade

Meus pensamentos voam de encontro a você

Querendo que venhas matar esta saudade.

 

Domada então como se fera vencida

Tolamente se abranda e se conforma

Tal qual fera que se sente adormecida

Descansa nos braços da noite e se transforma.

 

Numa bela adormecida sem encantos

A saudade que tem uma figura feia

Transformada em suaves cantos

Embala levando a noite para a sua teia.

 

 

ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 15/05/2009
Reeditado em 15/05/2009
Código do texto: T1595936
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.