Ode ao Tempo

Não me perguntes hoje

Que nada tenho a dizer.

Sou do ontem,

Do tempo em que o mundo

Bastava-se em ser.

Do tempo em que o vento

Cantando soprava amizade,

Da terra brotava alegria,

As águas traziam saudade,

O poeta, o coração que ardia.

Nego o hoje não é por capricho,

Muito mais é por humanidade.

Deste tempo não quero resquício,

Quero o canto,

A palavra da idade.

Silvana Bronze
Enviado por Silvana Bronze em 12/05/2009
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