O RIVAL...
Pela causa rude de se esperar
Se perde o alguém que se ama
Para o inesperado rival,
Ele chega na frente, e,
Diz, tão somente que
Se é elemento mau e que
Não serve para ser amado...
Pede-se que não se acredite
Nas asneiras em palpites
Que tanto, por aí se diz,
Só por causa desse rival
Se deixou de ser jóia rara
Nas mãos da felicidade...
Esse rival é diferente,
Com seu papo condizente
Se faz nele acreditar-se,
Mostra muito, claramente,
Ser mais ágil e inteligente
Para o amor de alguém nele gamar...
E, é por isso que se sofre,
Não se sossega um segundo,
Nem se consegue dormir
Tendo um rival do amor à expreita,
De vigília, só no aguardo
Da sua vez de atacar
Sua presa de amor a si alheia...