NA BEIRA DO CAIS
 
Na beira do cais fico em deserto
A lua vem surgindo cor de prata
Com clarões vagos e incertos
Sinto o quanto ela foi ingrata.
 
Com o olhar perdido na imensidão
Do mar admirando a sua beleza
Vem à saudade atingir meu coração
Vem à dor com toda a sua firmeza.
 
Olhando as velas brancas de cetim
Airosas em pleno vento a navegar
Penso que o amor teve o seu fim
Penso que nunca mais irei amar.
 
Talvez eu seja este mar que sem limite
Perdido nesta vasta extensão
Quem sabe meu coração agora acredite!
Que o amor que possuía não era uma paixão.
 
Suspirando nas ondas do mar deixo
Meus sonhos com ele a navegar
De saudades nunca me queixo
Pois sei que não poderá me ajudar.
 
Pergunto-me será possível compreender
O deixar naufragar a esperança e a dor?
Se isso aconteceu, foi bom aprender
A não confiar em quem nunca sentiu amor.  
 

ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 05/05/2009
Código do texto: T1576902
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