Saudade! Saudade!
Pedacinho de alguém que não se esquece,
Lembranças de andanças não desaparecem,
Causa ansiedade, se não controlar, adoece,
Vôo livre, na distância, que a memória tece.
Prisão, sentimentos, que a liberdade argumenta,
Dias fortes que a saudade, faz sofrer, atormenta,
Desvio no canal da dor, que coração não agüenta,
Presença no interior da alma que o amor alimenta.
Essa melancolia, que vai e volta em certos dias,
Ausência de ouvir o olhar falar e sorrir de alegria,
De sentir teu abraço, nos braços fortes da magia,
Alimento pra alma, saber que vai acalmar agonia.
Saudade! Saudade! Leva-me nas asas, deixa olhar,
Se o amor que sinto, deixa-te sentir, poder abraçar,
Com carinho e ternura, no vento um beijo mandar,
Que fale de mim, da verdade, que vivo por te amar.
Marisa de Medeiros