Chuva no meu coração
Dentro de mim cai a chuva
Que se espalha no vazio da perda
As águas descem em cachoeiras
Sentindo a emoção derradeira
Dia que se faz de chuva
Dias que já foram de festa
Das águas que tanto gostava,
Das histórias do meu avô aventureiro
Do velho Leô que falava
Que guardava consigo um preconceito
Que o nome da filha do peito
O velho resolveu trocar.
Preferiu chamá-la de LINDA
Para assim melhor ficar
Dessa maneira carregou o pseudônimo
Até o dia da chuva que se assolou em meu coração
Seus olhos azuis
De que tanto se orgulhava
Iguais aos do tio que eu tanto amava
Formando lá encima uma legião
Sendo ela a última de sua geração.
O laço com o seu pai era intenso
Escolheu para ir de encontro
No dia do seu aniversário
Virando a página nesse mundo
Para um reencontro na outra vida.
30/04/2009