No passar dos caminhoneiros
No romper da madrugada
O cantar dos pássaros brejeiros
O cantar do galo anunciando a alvorada.
No frescor das matas orvalhadas
O sereno ainda das folhas a gotejar
O caminhoneiro pensando em suas amadas
Mulher, filhas que ao partir deixou no lar.
Vai à busca de seu suado pão
A saudade em seu peito a sufocar
Apertado ficou seu coração
E o desejo louco de logo retornar.
Passa por rios, matas e lagoa
E a curva da estrada vai se apagando
No longo caminho uma voz ecoa
São os sapos que estão namorando.
Amanheceu o sol já se faz presente
No horizonte a sombra se reduz
O caminhoneiro terá que ser prudente
Para não ofuscar seu olhar nesta luz.