previsão do tempo

Se me perguntares como o dia amanheceu, eu o descreveria assim:

Cinzento e frio.

Primeiro cinza escuro, foi ficando mais claro,

Até que o sol despertou de mansinho e azul claro o céu ficou.

A brisa soprou fria, gélida, dando preguiça, vontade de voltar

Para debaixo dos cobertores. Nessa hora eu diria:

Diria que meu corpo gritou pelo teu abraço.

Eu diria também, que o céu parecia que tinha se ligado a terra.

Havia nuvens cinza esbranquiçadas em toda a volta.

Das paredes montanhosas que me rodeiam não se via nada.

Só neblina.

Então como num passe de mágica o sol brilhou, as nuvens foram saindo preguiçosas para o lado, até desaparecerem de vista.

As montanhas virgens, impenetráveis surgiram em esplendor.

Verde mato exuberante, subindo até o céu.

Eu diria que as montanhas usavam um chapéu; Sim um chapéu!

Uma nuvem gigantesca, saia talvez de trás das montanhas,

Ou quem sabe repousasse em cima dela.

Tinha uma faixa branca bem acima da montanha, ligada ao topo

Da parede verde de floresta.

Talvez fosse só uma sombra para os bichos que lá descansavam.

Eu diria que depois que o sol brilhou, o céu ficou da cor dos olhos do meu amor.

O sol parecia meu coração, quando vê sua feição.

A tarde desabou um temporal, como lágrima de uma saudade.

Outra vez o sol brilhou, o cinza sem graça dissipou.