GUARDIÃO DO TEMPO
dias em sumidouro, frenéticos, passantes
parece que ainda era ontem mas no hoje
prestas horas será amanhã...
os meses se sucedem, se atropelam,
a vida escorre breve por entre os anos
tudo corre insano em tropel de patas...
angústia das tardes solarentas insípidas
a se arrastarem comendo as horas tediosas
lá fora regurgita a lida da massa atribulada
cismarento, fico baldio em pensamentos,
cavocando idéias e tecendo loas no tempo
escoando como areia na ampulheta lenta...