TERRA QUE ACARICIA
Sempre constato,
O que o dia de Domingo faz comigo...
Cá estou, novamente,
Triste de entontecer...
Uma saudade tremenda de mamãe,
Dos sonhos que juntas sonhamos,
E dividimos na cumplicidade,
Pouco comum, que há entre mãe e filha.
Ah, nem sei por que esses pensamentos
Me vêem a mente em dias assim!!!
Domingo e próximo do meu aniversário?!
É um tormento, uma indignidade,
Um constrangimento...
E enorme perda de tempo!
Na minha idade,
Não posso me dar
Um luxo desses não,
Tão pouco nobre!
Filosofar, questionar o desconhecido,
Que talvez nem exista?
O que me leva toda tarde de Domingo,
A escrever tanta asneira e bobagem?
Mas que droga é essa de vida,
Que não faz a gente parar de sonhar?
Que vida é essa, a qual nos transforma
E transtorna por fora,
Tentando nos deixar por dentro
Feios, amargos e chatos?
- Comigo tem disso não!
Vou tirar a *bota,
Arrumar-me bem bonita,
E com os pés firmes no chão,
Para sentir a carícia da terra...
Vou sair por aí para caminhar,
E sem hora pra retornar...
- Você duvida?!
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* Bota de imobilização
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Publicada tb no " Apenas Ysolda "
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