SAUDADE BANDIDA

Nestes dias, tu ausentes,

Fico assim, vazia, vadia.

O coração, um palmo da terra.

Os olhos, um palmo do céu.

Sinto-me o próprio réu,

Condenado à liberdade, na cela.

Nas fendas da alma

Cato minúcias perdidas.

O teu amor eu refaço,

De pedaço em pedaço.

Encontro, então, a razão,

Que me liberta e dá vida.

Denair – não lembro direito, mas foi escrito no final dos anos 80.