UM ECHARPE
Era uma manhã feliz e bela...
O sol bronzeava teu corpo e eu lhe observava:
Estavas deitada na verde relva,
De cabelos longos, pretos, soltos e batão azul usavas.
Senti que percebeste minha presença
E, eu estava d'outro lado do riacho de águas puras,
Você, delicadamente, ficou nua...
Aproximei-me, olhei e desejei teu corpo
E deitei ao teu lado para lhe fazer um afago.
Senti teu calor e todo teu amor.
Minha carne, eu todo, vibrava com teus carinhos,
Com teus beijos e com teus abraços.
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Despiu-me e eu senti teu sabor.
O mel delicioso dos teus lábios
Intimaram-me a desejá-la sempre mais.
Tuas mãos aveludadas tatearam um prazer inesquecível;
Teus carinhos proporcionaram uma felicidade incrível,
Mas ao clímax acordei e me vi só por entre as árvores.
Então, lágrimas de tristeza e felicidade jorraram
Dos meus verdes olhos que lhe procuravam,
Mas em vão, pois ao meu lado só um echarpe eu vi
E... transformei-me num homem muito feliz.
Nova Roma do Sul- RS, 26 de agosto de 2008.