LEMBRANÇAS

Levados na vertigem das horas

Os doces retalhos da infância

Esvairam-se de nossa história

Sem retorno, sem esperança

A suave fragrância persistente

Desses raros momentos felizes

Sem outro desejo senão amar

A cada minuto loucamente

Breves e loucas horas vadias

Quentes tardes ao pôr-do-sol

À espera de um sopro macio

Ou doce canto de rouxinol

Que traga de volta fantasias

No renascer de mais um dia

Desfeita a magia de passado

Esquecemos a porta de saída

Perdemos a chave encantada

E todas lembranças vividas.

MCC Pazzola