Banco Escolar.
Gaiô
Lembrei-me do banco escolar,
de caligrafia o caderno,
(nada moderno)
da menina a alegria...
Da carteira, do tinteiro,
bico de pena, o cheiro
da tinta nos dedos, os borrões.
Faltou o mata-borrão...rs...
que eu trouxe...no coração
da escola feita em madeira.
E trouxe a vaca que muge...
carbritos e carneirinhos,
em pastos de vastos pastos,
sol quentinho, doce chuva
em troca de aprendizagem...
A pata nada, pata-pa, nada-na,
Osmarina, em vestidinho,
me encanta sob a árvore.
Ao mundo que nos abarca...
enternece e sufoca,
cabe a saudade gostosa
que os anos não trazem mais...
Tem o caminho do meio,
possível de desvendar,
no despertar do agora,
maturidade serena,
faz caminho, amorosa,
de caminhar,
de amar...
Gaiô 8/1/09