PELA MÃO
Vinham do campo, com pirilampos na escolta,
Todos os dias, o neto com o avô,
Até que o velho trilhou um caminho sem volta
Ficando só os ensinamentos que deixou...
Então o neto ainda na flor da idade
Teve vontade de também tudo deixar...
Mas compreendeu que a vida o deixou só
Para aprender por si mesmo a caminhar.
Então pensou porque tanta ira e desdita
Se desta vida a gente não leva nada!
O inconformismo, a ganância, a vindita...
– Cada um é o rastro que deixou na estrada –.
E a cada dia que passava o mocito
Sem ser aflito tudo atendia e cuidava,
Com fé e amor cultivou um mundo bonito
Cuidou do pago que o avô tanto estimava!
E seguiu firme nos corredores da vida,
Semeando amor e a pureza do rincão;
Pois o piazito daquele tempo de outrora
É quem traz hoje o seu neto pela mão!