Pressentimento
Ouvi um canto
Canto rouco
De uma ave...
Rompeu a noite
E chegou à madrugada
Fria, vazia, melancólica...
O desalento navegava
No leito quente de emoções
Sob os lençóis de linho...
Vi ali a ausência
Do amor que partira
Numa noite ardente...
Desejo fremente
Invadiu meu ser
Chegava a aurora...
Devagar, invadia
Meu quarto... Bela!
Trazia o frescor de fora...
E a manhã colorida
Com cores do arco-íris
Entrava pela minha janela...