CHUVA E SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
O telhado e a janela refletem o toque da chuva,
O corpo sente a frieza do dia.,
O pensamento cria uma imagem turva,
Da saudade que se faz em melancolia.
Não ê saudade triste de um amor distante,
Não ê melancolia de perda ou de ser entediado.,
A tristeza se faz presente neste instante,
Mas, a saudade terna dos corpos separados.
Não ê motivo para os olhos lacrimejarem,
Nem o coração palpitar de dor.,
Ê um momento de alma e coração se juntarem,
Para lembrar do seu grande amor.
Volvo os olhos para os meus sentimentos,
E sinto um contentamento de satisfação.,
Por sentir que o amor em todos os momentos,
Suporta a saudade e a vontade da aproximação.
E, distantes nossos corpos pendem perdão,
Pela distância que os separam involuntariamente.,
Mas, o que importa ê o amor sempre em evolução,
Que não deixa a distância fazer triste o que a gente sente.
O amor a tudo supera,
O amor ê a mais tolerante espera.,
O amor não faz caso ê muito mais paciente,
O amor ê a razão da saudade consciente.
A chuva ê prima irmã da saudade,
Que os poetas pintam em poema triste.,
Mas, quando há um amor em realidade,
Nada importa alem do maior que existe.
E nestas horas de saudade e desejos,
Nada mais importa do que fechar os olhos e sentir,
Que mesmo distantes os corpos sentem os beijos,
Do ultimo encontro que fez o amor intensificar seu existir.