Poemas das madrugadas
Pobres tragédias
(estão neste corpo e nesta alma)
Pobres tragédias as minhas
Que rasgam e sangram
Que lutam insanas
Com o meu destino
Com o meu caminho
Com os meus empenhos e anseios
Pobres tragédias as minhas
Que se ateiam
Que se estão a avultar
Magoando-me e abrindo
Feridas que estavam esquecidas
E que jamais irão sarar.
Pobres tragédias as minhas
Que me assombram
E me inquietam
Os horizontes risonhos
Que eram a minha festa
e que já não estou a enchergar
Pobres tragédias as minhas
Os sonhos que me embalavam
Vontades férreas
que eu dominava
E que se estão a fragmentar
desnudando o meu corpo sem alma
Há tragédias sinais de ironia
Direcção que me recuso seguir
Ouço o gargalhar
que me agonia
Que me devasta o alento
Que eu não quero escutar
E nesta tragédia meu pranto
Que rasga o meu sentimento
Batalha
que não sustenta
as minhas lógicas ilógicas
e que eu tento orcizar
Tragédias, encurtam o tempo
São limites de renúncias cobardias
Comédias
que mascaram realidades
Aluviões desesperos conspirações.
Fantasmas que me vêm ameaçar
E nestas tragédia pequenas
Duvidas murmurantes
Caminhos traçados a pincel
Cegueiras que me estonteiam
começo a sentir o frio
e a procurar em vão
as mãos que me aqueciam
E irrompe a tragédia grande
feita a infinita saudade
a tristeza a solidão
que me estão a assombrar
emoções que eram vida
um roseiral do quintal
o cantico do mar.
adormecer ao luar
as respostas para os meus sonhos
que já não vão chegar
e esta força guerreira
que sinto estar a quebrar.
De tta
2009-03-28