QUE SAUDADE...
O meu silêncio
estava depositado
na viva lembrança...
Os meus olhos vidrados
na chama do fogão
a lenha, lembrando...
O meu nariz cheirava
o aroma da panela
não vazia, e eu sentia...
A saudade do seu jeito,
a saudade da sua alegria
e da harmonia que reinava
naquela sala, onde parava,
quem queria beliscar
as delícias do forno caseiro.
Onde estão as mãos de fada,
que transformava tudo que tocava.
Que saudade da minha matriarca...
Meu pensamento escapou do baú,
onde estava tudo que guardava.
Que saudade... Que saudade...
A chama apagou.