"SAUDADE SEM NOME"
Marcado pelo tom lilás de um conto de fada
Um sentimento forasteiro foi expulso do infinito
E sem respeitar as leis da vida
Brincou de esconde-esconde nos sonhos da menina-moça
Fez piruetas no suspirar da moça virgem
Explorou as terras tristes e devastadas pela solidão
Não achou pouso nos destroços da desilusão
Voou sobre um mar, que um dia foi chamado de felicidade.
Banhou-se nas águas doces das primeiras lágrimas de amor
Queimou-se com o frio da paixão que não vingou
E como um anjo de asas quebradas, sem rumo e sem direção
Fez-se refém da alma, prisioneiro de um pobre coração.
Depois de descansar na dor
Alimentou-se das sobras do que já foi amor
Hoje é o silêncio de uma saudade sem nome!