FILHOS
Pequenos seres frágeis;
Olhares que provocam suspiros;
O balbuciar de uma letra, na mistura desordenada a tentativa da palavra;
Nos braços paternais, a segurança total, se solta como perigo jamais rondasse;
Mundo de sonhos e alegrias;
Pequenos frágeis seres dependem de nós com o corpo do ar;
Como os olhos da luz;
Como a abelha da flor;
Já não são mais pequenos estes seres frágeis;
Suas pernas e tendões são agora sustentáculos outrora dependentes;
Os sonhos mudaram o que antes era um balbuciar hoje são palavras,
Frases providas de sentido;
Seres que já não são pequenos; Porém permanecem frágeis em nossas mentes;
Seria-nos tão caro se dependentes permanecessem;
Que grande alegria se jamais crescessem;
As palavras mudaram,
Os sonhos são outros;
Precisam ir...
E se vão...
Pequenos seres frágeis;
O que nos resta senão um nó na garganta e um aperto no peito?