FILHOS

Pequenos seres frágeis;

Olhares que provocam suspiros;

O balbuciar de uma letra, na mistura desordenada a tentativa da palavra;

Nos braços paternais, a segurança total, se solta como perigo jamais rondasse;

Mundo de sonhos e alegrias;

Pequenos frágeis seres dependem de nós com o corpo do ar;

Como os olhos da luz;

Como a abelha da flor;

Já não são mais pequenos estes seres frágeis;

Suas pernas e tendões são agora sustentáculos outrora dependentes;

Os sonhos mudaram o que antes era um balbuciar hoje são palavras,

Frases providas de sentido;

Seres que já não são pequenos; Porém permanecem frágeis em nossas mentes;

Seria-nos tão caro se dependentes permanecessem;

Que grande alegria se jamais crescessem;

As palavras mudaram,

Os sonhos são outros;

Precisam ir...

E se vão...

Pequenos seres frágeis;

O que nos resta senão um nó na garganta e um aperto no peito?

sergio balsanulfo
Enviado por sergio balsanulfo em 18/03/2009
Reeditado em 18/03/2009
Código do texto: T1493526
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