NAMORANDO A LUA

Onde minha visão já não alcança
tento ver um fantasma da esperança,
ou o que consiga, a minha vida embalar.
No silêncio da minha erma choupana
em sonhos, ela vira uma bela cabana
onde te vejo, da janela a me chamar.

O barulho que gera na queda do rio
não abafa o barulho do trovão bravio,
ainda estou ouvindo a lenha  crepitar.
O relâmpago também não me assusta
e mais suave, pelo que me custa
que é, não ter voce habitando meu lar.

Mora aqui a tristeza, amiga do ermitão
que aumenta o vazio que sente o coração
que vice isolado, sem ter ninguém.
Onde a saudade, da vida não recua
mas é onde, ainda posso namorar a lua
para disfarçar, que ainda amo alguém.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 14/03/2009
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