Se volto não sei, mas que volta volta
Se parto frase e reinicio... Pois que terminei algum dia.
Penso sempre no recomeço do inicio primordial.
Se nasço hoje quem sabe já tenha morrido
Mas revivo todo este sentimento de rever vivamente.
Sou seu amor que não se finda
A gota consangüínea do desejo adormecido
Chuva escaldante, lembranças apaziguadas
O disparo descontrolado do coração amordaçado.
Medo de correr a vida cíclica
Amar o eu amor do seu amor junto ao meu.
Feito gota aprisionada de janela vazia.
A luz rebatida do espelho em sua lágrima.
Choro a vontade seguida
Gretas e vocábulos que nem lhe pronunciei
Coisas que havia quase lhe dito
E quem sabe agora diria...
Mas que da esfera polida não se planta semente
E nem que sobre uma hora bandida
Serei capturado pelo seu espaço vazio
Apenas a mão espalmada pelo corpo coberto.
Ainda respira a saudade completa.