Talvez um dia, quem sabe eu consiga voar...
Talvez um dia,
toque o desejo do pensamento,
abra alas,
e me deixe repartir no vento...
Um dia,
faça girar o furacão no coração,
dispa a pele,
e me entregue de corpo e alma à paixão...
Tatue no dourado do amar,
o meu amor,
e possa deixar no vaso das ondas,
essa flor...
Perfumar na brisa, segredos sem medos...
Poetize o horizonte e faça dela a minha fonte,
vista trajes do paraíso,
e descalça ande em versos perfumados,
beba as gotas do orvalho,
outrora caídas de um coração cansado...
e a saudade matar...
Talvez um dia,
o amanha desperte e me faça encontrar,
o que hoje me faltou...
Talvez um dia... Quem sabe...
Renasça no horizonte a esperança,
me leve a essência desfocada,
e me deixe ser amada,
só Deus sabe...