NUM CANTO QUALQUER
Perdeu-se o mapa dos sonhos
num canto sombrio do tempo...
num canto sombrio do tempo...
No sopro leve dum vento tristonho
alma só, em soluços dobrados,
sentimento coibido no contratempo.
Num canto qualquer, o desencanto
desfazendo a melodia do amor,
não mais corpos em movimentos,
suados, num entrelace ritmado.
Só a solidão, em comunhão com a dor.
Num canto turvo, a saudade se debate
trincando um coração em desvarios.
Razão e emoção num desencontro
e não há canto, que ora me baste
ou preencha meus espaços vazios...
04/01/2009