NUM CANTO QUALQUER

 
Perdeu-se o mapa dos sonhos
num canto sombrio do tempo...

No sopro leve dum vento tristonho
alma só, em soluços dobrados,
sentimento coibido no contratempo.

Num canto qualquer, o desencanto
desfazendo a melodia do amor,
não mais corpos em movimentos,
suados, num entrelace ritmado.

Só a solidão, em comunhão com a dor.
Num canto turvo, a saudade se debate
trincando um coração em desvarios.

Razão e emoção num desencontro
e não há canto, que ora me baste
ou preencha meus espaços vazios...



04/01/2009


Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 11/03/2009
Reeditado em 22/10/2009
Código do texto: T1480972