A morte do matrimônio
Se não fosse tão deserto e intangível teu coração,
Talvez eu te jurasse amor eterno.
Talvez, eu, à êsmo, te fizesse poesias,
Daquelas que bem te fariam enfatuar.
E tu, ao invéz de amar,
Em meio à toda tua eloqüência,
Me envolveste em sexo, política e fumaça.
Sem rítmo ou melodia. Doença.
E de todo o sofrimento que há,
Bem podias me deferir o pior e partir.
Mas não tinhas tão bruto juízo,
E do júbilo ao drama eu subí, e caí.
Que queres tú com paradóxos?
Nunca foras nem fastígio, nem fascínio,
Nem amante, nem farsante,
Nem marido, nem memória.