Musa
Musa
A musicalidade que vibra do vento
Arranca emoção nos sussurros contidos
Resvalando no coração como um lamento
No doce e suave embalo dos tempos idos.
O cheiro do mato pelo orvalho molhado
Com as folhas balançando em ritmo dolente
Torna lânguida a vigília e com o olhar cerrado
O mundo transparece como paraíso imponente.
O vôo de um pato selvagem cortando os ares
Faz nascer o poema entre a difusa sonoridade
Como uma estrela cadente escreve nos mares:
-Musa, oh, musa! Teu nome é saudade!
Norma Bárbara