Sem "você"

O homem sem amor é uma casca sem graça

Que despedaça a cada golpe de ausência

O homem sem o amor ronda cada praça

E perde a noção do tempo tocando o vazio

O que um dia já foi cura, consome-lhe a carne

A cada excesso de fúria, a esperança que vai tarde

Tudo acaba desconhecido, difícil ver algum sentido

E se a felicidade não lhe pertence mais

Não cativa nada, não tem valor o que ficou pra trás

O homem sem graça é uma casca sem amor

Que sangra ao ver que hoje é só mais um

Amor liberto, banhado pela ingratidão

Que faz do homem um ser comum