SE EU SOUBESSE(Saudade trocada) POEMA N. 73)

(Sócrates Di Lima)

Se eu soubesse que doía tanto a saudade,

Eu revestiria o meu coração de papel alumínio,

E o colocaria no forno da minha mocidade,

E lá a deixaria sem conhecer o seu domínio.

A saudade por mais deliciosa que venha ser,

É fogo que queima sem arder.,

E tudo aquilo que faz a gente saber.,

Que a saudade também faz um corpo sofrer.

Se eu soubesse que a saudade doía tanto,

Atava-me aos seus sonhos sem jamais me soltar.,

Prender-me-ia em algemas a todos os cantos,

E não haveria “hábeas corpus” que iria me soltar.

Mas a saudade não se prende, nem se esquarteja,

E se quisesse matá-la, ressuscitaria a cada separação.,

Sem que o meu próprio olho vigie e a veja,

Ela voltaria a abalar todo um romântico coração.

Se eu soubesse o quanto a saudade sufoca,

Eu faria imediatamente uma troca.,

Soltaria o nó dessa corda que me enforca,

E fugiria me escondendo no coração, onde é sua toca.

Eu trocaria a solidão impregnado de saudade,

Por um par de olhos azuis que de onde está, não me vê,

Basilissa, seria a minha maior felicidade.,

Trocar esta minha saudade por você.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 27/02/2009
Reeditado em 15/11/2010
Código do texto: T1460763
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