A NOITE DO POETA

E noite, noite muito sombria,
estou ouvindo o barulho do trovão
e entre os sussuros da ventania,
ouço o uivo de um triste cão.

E aqui dentro da minha morada
estou tentando fugir da madrugada
escondendo da solidão...

Vento gelado que o corpo corta,
vento forte que insiste em entrar,
mas não passará pela minha porta
está bem progido o meu lar.

Na única casinha da localidade
só quem entra aqui e uma saudade
que nunca conseguí evitar...

Amanhceu.Manhã tranquila e quieta,
agora e tudo calma, e voltou o calor,
da noite, só lembrança para o poeta
passou o vento, como passa uma dor.

Agora, com céu azul e sol brilhante
nem mais sinal, daquele vento uivante
que tanto pertuba, o sono do trovador.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 25/02/2009
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